O telefone tocava longe, distante. Um toque agudo que se esvazia pela sala grande, vazia e escura. Meus dedos do pé, tão frios, davam início a uma dormência que subia-me pelas pernas até que uma vertigem roubava toda a lucidez dos meus poucos sentidos ainda alertas. No peito, a dor pulsava muda. Meu coração silenciava, a medida em que perdia, lentamente, a força dos batimentos. Silêncio. Frio. Silêncio. E o telefone tocando, tocando. Cada vez mais distante. Fechei os olhos, guardando em meus olhos as nuvens carregadas que pintavam minha íris azul. O céu estaria da mesma cor na manhã seguinte. Meus olhos não.
Diziam por aí que de amor, ninguém morre. O cinza tomou a cor dos meus olhos.
Nunca acreditei no que diziam mesmo.
Pág. 276, Quando chega o fim.
11 comentários:
O pior de tudo é saber que se o amor não mata sua carne física, ele mata sua alma.
:/ que tristte
É você mesma que excreve? Por que se for, achei o texto perfeito.
me lembra a morte. brrr. Que frio...
Parabéns.
http://cogumex.blogspot.com/
É. Eu espero mesmo não morrer de amor.
Que lindas vcs escrevendo :) Queria ter encontrado o blog antes hahah :D :*
Bem profundo.
Disse bem: '' De amor ninguem morre''.
lindo blog bjs
de amor ninguem morre , mas sofre bastante. O importante é tirar coisas boas tb . A força , a maturidade e as lembranças boas
gostei daqui
seguindo :*
http://cafecomversosavulsos.blogspot.com/
Olá querida, voltei :D.
Nossa li todo o seu texto e está muito bom, e concerteza sempre melhorará, acredito no seu potencial. Bjs
quase. bem que tentei
Postar um comentário